O que começou como GLS, avançou para LGBT, chegamos à modernidade do LGBTQIA+ e extrapolamos até o atual LGBTQIAPN+.
A sigla do terceiro gênero alonga-se sem parar. O que começou como GLS, avançou para LGBT, chegamos à modernidade do LGBTQIA+ e extrapolamos até o atual LGBTQIAPN+.
Da quinta letra em diante, o assunto fica um pouco intrincado para quem dele não é entendido, então fica decifrado primeiramente o Q como desconhecedores da própria identidade e os nem homem, nem mulher.
I significa intersexo, gente que em caracteres biológicos não se encaixa no binário conhecido como sexos masculino e feminino. A são os desinteressados no amor e sexo, bem como os sem gênero.
Na linguagem do P estão representados os aficionados pelos agrupamentos, os interessados em vários gêneros (poli) ou em todos os possíveis (pansexuais).
Como existem 'n' possibilidades por aí, o N refere-se ao não-binário, ou seja, quem não se sente completamente, somente e sempre homem ou mulher, sejam trans ou não.
Nesse sentido, a aprovação do projeto de lei municipal nº 51/2023 já surgiu desatualizada, pois não contemplou a mais recente letra N na sua justificativa, cochilo dos aprovadores.
Referida peça legislativa ainda carece de sanção executiva. Portanto, vejamos se o Burgomestre ajuda a não deixar desassistida a categoria faltante, que pode ser parte significativa da população afonsina.
O projeto institui o Dia de Luta Contra a LGBTfobia. A terminologia é inovadora, tal como exige a revolução utópica do mundo novo, uma sociedade reconstruída.
Os ativistas das letras passaram a considerar, de uns tempos para cá, a palavra 'homofobia' muito restrita a gays e lésbicas, por isso surgiu essa novidade, que logo deve figurar nos dicionários escolares do MEC.
A data escolhida para a comemoração é o 17 de maio. Não foi a esmo, mas redundante: já é o Dia Nacional de Combate à Homofobia. Durante todo o Mês das Noivas, o Município promoverá atividades.
A lei baseia-se em dois valores – tolerância e respeito ao próximo. Que valham para todo o alfabeto.