Muitas são as necessidades municipais e finitos são os recursos disponíveis para satisfazê-las.
O Prefeito afonsino antecessor costumava se dizer frustrado e impotente por não bastar sua vontade para a concretização dos projetos de governo, e certamente esse é um limite de realidade que também aflige seu sucessor.
Muitas são as necessidades municipais e finitos são os recursos disponíveis para satisfazê-las, o que impõe a escolha de prioridades, que deve ser outra tarefa bem delicada.
Definidas as urgências, emergências e premências, a observação descortina, como nítido panorama,que a conservação do patrimônio histórico ocupa lugar no finalzinho da fila.
A casa histórica do Quatro Cantos, que já foi unidade de Saúde e Biblioteca Municipal, está sem uso há bastante tempo, o que inclusive colabora para acelerar a deterioração da residência.
Atravessando a mesma rua, o prédio do Arquivo Histórico também está a necessitar de uma boa reforma na fachada e não é de hoje.
Jacareí pretende se destacar no turismo, mas o estado de conservação do Museu de Antropologia do Vale do Paraíba, o MAV, principal cartão postal histórico da cidade (juntamente com o Pátio dos Trilhos), é melancólico e nos remete à lembrança o incêndio ocorrido no Palácio Imperial da Quinta da Boa Vista, em 2018.
Patrimônio histórico é assunto normalmente secundário, nos bastidores da política, mas voltou à tona com o desmoronamento parcial da igreja localizada na Praça do Rosário.
Contudo, nos critérios de definição de prioridades, deve ser lembrado porque o perecimento do passado relevante pode se tornar irreversível.
Urge verificar como outras cidades brasileiras como Tiradentes/MG se tornaram referência na preservação de vasto patrimônio histórico e seguir os casos de sucesso.
Além de estarmos perdendo de goleada na disputa do turismo histórico, até o estádio municipal anda meio às traças.
Enfim, do jeito que está não dá jogo!