Para tudo existe remédio. Com dedicação e boa equipe, o quadriênio pode ser de sucesso.
O ano começou com tudo em Jacareí. Só na primeira semana, greve dos lixeiros, devolução da Santa Casa à Irmandade, corte orçamentário de 40% dos gastos municipais.
Os fatos pontuados acima, por si só, já representariam um desafio e tanto para os mais experimentados gestores públicos. Imagine-se, então, para o novo Prefeito, que debuta no cargo.
O contrato de concessão do lixo urbano não é somente de recolhimento dos sacos. Engloba varrição, manejo de aterro e um intangível ecologismo de dejetos recicláveis.
A contratada é simultaneamente credora e devedora do Município. Como, no saldo de dívidas e créditos, mais deve do que tem a receber da municipalidade, a busca da compensação é medida de interesse público.
Já a privatização imediata da Santa Casa surpreendeu os cidadãos jacareienses. Os prudentes julgavam adequado ir devagar com o andor, tese que colou no Conselho Municipal.
Com isso, o jovem alcaide houve por bem adotar postura contrária ao intento do sucedido gestor. Posição delicada do ponto de vista político, porém de acordo com a participação popular.
O passo seguinte será a constituição de comitê para avaliar e dirigir curso seguro do nosocômio ao seu legítimo proprietário, sem descuido da retaguarda no atendimento dos usuários.
Finalmente, a crise orçamentária não é bem um erro jacareiense. É consequência lógica da reforma federal arrecadatória, empreendida no ano retrasado em Brasília, madrasta com os municípios.
Tanto é que muitas outras cidades foram afetadas, ainda que situadas em diferentes regiões e de todas as dimensões urbanas (das metrópoles aos vilarejos). Eis aí o corte de gastos de Taubaté a confirmar isso.
Para tudo existe remédio. Com dedicação e boa equipe, o quadriênio pode ser de sucesso. O tempo trará a resposta. É questão de esperar para ver o que acontecerá.
Por enquanto, a nova gestão trouxe luz ao fim do túnel. O posicionamento escolhido não foi omisso. Viu-se tendência de enfrentar os problemas, não de adiar providências.