Não se deve confundir a lisinha baleia com o cachalote, uma espécie parecida, no entanto, com dentes e pele enrugada.
Desde a erradicação da caça oceânica em 1986, a população de baleias cresce no mundo todo. O último censo da Comissão Internacional das Baleias estima seu contingente em 1 milhão e 300 mil exemplares, distribuído em 17 espécies.
A menor das baleias é a Minke, com 10 metros de tamanho e peso de 10 toneladas; a grandalhona é a Azul, que é desdentada, chega a 33 metros e pesa 190 toneladas (só a língua equivale a um elefante adulto).
A espécie mais comum na costa brasileira é a Jubarte. Com aproximadamente 25 mil baleias, a quantidade anual dela cresce em porcentagem mais que a inflação e já voltou a ser o quanto era dois séculos atrás.
É muito raro a baleia ter mais de uma cria, mas não se pode duvidar da Natureza: em 2014, no México, foram encontrados gêmeos siameses. Parece mentira, porém no Egito, em 2021, foi descoberto um fóssil de baleia com quatro patas, datado de 43 milhões de anos.
Não se deve confundir a lisinha baleia com o cachalote, uma espécie parecida, no entanto, com dentes e pele enrugada. E nem tampouco com a orca, que, na verdade, é um golfinho. É aquela velha história: orca apronta e baleia leva a fama.
A descoberta do petróleo salvou as baleias da extinção. Antes disso, a banha do animal era matéria-prima para iluminação pública, assim como a farinha de seus ossos servia como componente da argamassa na construção civil.
Entretanto, para gáudio dos machistas de plantão, a maior inimiga da baleia parece ser a mulher: sacrifica-se a barbatana das gorduchas para fabricar leques, espartilhos, chapéus e sombrinhas.
De vez em quando, alguma baleia aparece no Rio Tâmisa para inglês ver. Mas surpresa mesmo quem causou foi Wikie, uma orca inteligentíssima, adestrada para dizer em alto e bom som 'hello' e 'bye-bye'.
Ah, mas, para não levar gato por lebre, relembremos: orca não é baleia, é golfinho.