Não basta decifrar o código da escrita. Ler é muito mais que isso e exige dedicação constante.
'Jacareí não é mais aquela...' foi a impressão que a Filha Brilhante Jussara Domene Gehrke teve cerca de 50 anos depois ao voltar a viver na cidade em que nasceu. Ela havia saído para estudar, trabalhar, casar e viver em São Paulo, Porto Alegre, Ceará e no exterior; depois de terminar o curso Normal no Cene (Jacareí), formar-se em Psicologia na USP e 'correr mundo'.
O estranhamento foi por entender que Jacareí não era mais aquela dos grandes casarões, das amizades que deixara, dos amigos sempre presentes e das escolas com alunos que respeitavam e prestigiavam os professores, 'costumes e valores que foram aos poucos se deteriorando' lamenta.
Embora muitos da família serem professores, ela não foi atraída para a carreira, mas manteve a tradição a sua maneira. 'Devoradora' de livros viciada em leitura, principalmente dos clássicos da literatura, atraiu para si, um grupo de seguidores que aprende com ela a entender a beleza dos textos clássicos de todos os tempos.
Junto com a escritora Ludmila Saharovsky mantém reuniões literárias e grupos na internet voltados a incentivar, ensinar a leitura e principalmente 'perderem o medo dos livros'. Segundo ela, hoje, desde os primeiros anos escolares a leitura passou a ser algo desinteressante para a maioria dos jovens. 'As pessoas têm medo de estudar; bastariam 20 minutos por dia para entenderem a praticidade e beleza da leitura' afirma.
Juntamente com a amiga escritora Ludmila Saharovsky, Jussara está empenhada em promover encontros na Academia Jacarehyense de Letras, que acolhe seu grupo, para incentivar amantes da literatura por meio de vários leitores interessados de todas as idades.
Jussara é mãe de quatro filhos e possui sete netos que hoje moram na Suécia, Estados Unidos, Canadá e Campinas. Segundo ela, não basta decifrar o código da escrita. Ler é muito mais que isso e exige dedicação constante, o que também provoca um grande benefício à saúde das pessoas.