Áudios de antigas atrações de rádio, da época em que ele tinha o apelido de 'Peru que fala', mostram que a veia artística.
Há vários documentários sobre a trajetória de Silvio Santos. O SBT exibiu um deles domingo passado, de mais de 3 horas de duração. Talvez seja o mais completo. A obra, 'Vale Mais do que Dinheiro', foi feita para o streaming que a emissora montou e aborda todos os lados do animador de auditório, ex-camelô que virou empresário de sucesso e quis ser presidente do Brasil.
Há depoimentos dos irmãos, filhos, esposa, parceiros comerciais, sócios e admiradores, alguns deles que o próprio Senor Abravanel ajudou a lançar nacionalmente, casos de Sérgio Mallandro, Mara Maravilha, Celso Portiolli e Eliana.
Áudios de antigas atrações de rádio, da época em que ele tinha o apelido de 'Peru que fala', mostram que a veia artística havia despontado nele desde sempre. O carisma e intimidade com as quais falava com o público, especialmente as 'colegas de trabalho', revelavam a face cativante de um sujeito que 'veio de baixo' e 'se fez sozinho'.
Quando Silvio completou 85 anos, em 2015, Leonor Corrêa, irmã do Faustão e diretora de TV, também montou um documentário sobre o 'Homem do Baú'. Neste, disponível no Youtube, o conteúdo 'empresário' dele é mais destacado, como nas conversas acerca de contratar fulano ou beltrano ao SBT ou em renovações de contrato.
De filmes e séries, o que existe é 'O Rei da TV', que comentei aqui outro dia, onde há erros e deturpações absurdas sobre a trajetória dele, e 'Silvio', que vai estrear em setembro, terá Rodrigo Faro como protagonista e tratará do sequestro do qual o apresentador e a filha foram vítimas, em agosto de 2001, além de também dar pitadas da estrada percorrida por ele para chegar aonde chegou.
Particularmente, sempre assisti muito Silvio Santos. Era fã de carteirinha. Não sei bem o motivo. Pode ser que seja pelo comportamento escrachado, o terno com aquele microfone pendurado, a risada característica, a voz etc. Não era nada difícil gostar dele.