Por Redação em Sexta, 25 Fevereiro 2022
Categoria: Cidade

Sepultado jacareiense que morreu durante temporal em Petrópolis-RJ

Luiz José Faria Ramos voltava do serviço com três amigos, quando o carro onde eles estavam foi surpreendido pela enxurrada.  

Foi sepultado o corpo de Luiz José Faria Ramos, de 40 anos, morador de Jacareí, que desapareceu após o temporal que devastou o município de Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, no último dia 15. Não houve velório, apenas familiares acompanharam o sepultamento. O enterro ocorreu na tarde da última quarta-feira (23), no cemitério municipal do Avareí (região central), em Jacareí.

Luiz José Faria Ramos voltava do serviço com três amigos, quando o carro onde eles estavam foi surpreendido pela enxurrada. A confirmação do desaparecimento do morador de Jacareí veio no dia seguinte à tragédia. A esposa de um dos homens ligou para a família de Luiz relatando o ocorrido. Era o próprio Luiz quem dirigia o carro.

Informações repassadas por seus colegas, dão conta de que eles conseguiram sair do veículo em segurança e tiveram escoriações pelo corpo, mas Luiz precisou sair pelo lado do passageiro e desapareceu entre as águas.

Luiz era pai de dois filhos, um menino de quatro anos e uma menina de dois. O filho mais velho fez aniversário um dia antes da tragédia, ocorrida no último dia 15.

IDENTIFICAÇÃO
De acordo com informações apuradas pelo Diário de Jacareí, familiares de Luiz José viajaram para Petrópolis na última terça-feira (22) para a identificação formal do corpo, que estava no IML – Instituto Médico Legal. Nesse dia, o corpo foi encontrado em um rio, mas devido ao tempo de exposição nas águas, a vítima teve que ser identificada pelas digitais.

Número de mortes chega a 217, mas
ainda há dezenas de desaparecidos

Cristina Índio do Brasil
Agência Brasil

A tragédia provocada pelo temporal em Petrópolis, no estado do Rio, no último dia 15, provocou até o momento a morte de 217 pessoas, sendo 128 mulheres e 89 homens. Entre as vítimas, 42 são menores. Os corpos foram levados para o Posto Regional de Polícia Técnica e Científica (PRPTC).

Segundo a Secretaria de Estado da Polícia Civil do Rio (Sepol), entre os mortos 203 corpos foram identificados e liberados. Outros sete não identificados receberam liberação mediante coleta de material genético e ordem judicial.

Ainda conforme a Sepol, o PRPTC recebeu 16 fragmentos de corpos, sendo que nove já foram liberados. Até o momento, há registro de 33 desaparecidos comunicados à Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA).

HISTÓRIA
O temporal que desabou em Petrópolis foi apontado pelo governo do Rio de Janeiro como a pior chuva na cidade desde 1932. Segundo o Corpo de Bombeiros, choveu 258,6 milímetros em apenas 3 horas.

Uma outra catástrofe ocorrida devido às chuvas deixou 171 mortos em 1988. Já em 2011, 73 moradores de Petrópolis perderam a vida em meio a temporais que caíram sobre a região serrana do Rio, atingindo mais fortemente as cidades de Teresópolis e Nova Friburgo. 

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