Evento consolida na cidade a agenda cultural do mês de agosto, dedicada ao Patrimônio Imaterial do Município.
No fim de semana dos dias 25, 26 e 27 de agosto será realizada a 11ª edição da tradicional Feira do Bolinho Caipira. O evento acontece no Parque da Cidade - região central de Jacareí -, com programação variada e totalmente gratuita.
A programação também se estende para outros locais da cidade com a 'Pré-Feira do Bolinho', que terá shows e atividades no Mercado Municipal. O evento é uma realização da Fundação Cultural de Jacarehy (FCJ) e Prefeitura Municipal, e consolida a agenda cultural do mês de agosto, dedicada ao Patrimônio Imaterial do Município.
"A feira está prestes a encantar Jacareí, celebrando uma tradição culinária que enriquece a memória da região. Essa iguaria, típica do Vale do Paraíba, é uma manifestação do patrimônio imaterial que sustenta a identidade cultural da cidade", afirma Guilherme Mendicelli, presidente da FCJ.
Como nas edições anteriores da festa, a venda do bolinho será em prol das entidades beneficentes. Neste ano, participarão 18 entidades habilitadas via Edital de Credenciamento público. Cada barraca irá vender a iguaria, com farinha branca e recheio de linguiça, pelo valor de R$2,50, além de outras opções de comida e bebida, à escolha das entidades. Durante os dias do evento, a venda será realizada das 14h às 22h.
Bolinho caipira é Patrimônio
Cultural e Imaterial de Jacareí
O bolinho caipira de Jacareí foi declarado em 2010 como Patrimônio Cultural e Imaterial da cidade, através de um projeto de lei de autoria do então vereador Edinho Guedes. É um quitute famoso nas cidades do Vale do Paraíba. Em Jacareí, começou a ser comercializado em 1925, dentro do Mercado Municipal. A receita é a tradicional de Jacareí, com massa feita de farinha de milho branca e recheada com linguiça.
AUTORA
A autora da primeira receita de bolinho caipira é Ana Rita Alves Gherke, conhecida por 'Dona Nicota'. Nascida em Jacareí, criou a receita que, desde então, passou a ser servida em festas juninas.
Ione Câncio de Oliveira, conhecida como 'Dona Ione', é Mestra da Cultura Viva de Jacareí e deu seguimento à tradição do bolinho. A cozinheira faz o bolinho desde os 13 anos de idade, e participa dos eventos da região, representando o bolinho do município.
CAFÉ SÃO BENEDITO
A história do Café São Benedito se cruza com a do Mestre da Cultura Viva, José Maria de Souza, mais conhecido como 'Zequinha do Mercadão'. Ele nasceu em Jacareí, numa família especialista em fazer o tradicional bolinho caipira. Desde 1935, as irmãs Joaquina e Antonina vendiam a iguaria em seu 'Balcão de Café São Benedito', no antigo Mercadão. Essa tradição é mantida há quatro gerações, no mesmo local, com a mesma família, oferecendo o bolinho durante todos os dias do ano.
No dia 24 de agosto, às 10h, no Mercado Municipal, será feita uma homenagem em reconhecimento ao espaço, o qual foi um importante difusor da cultura do bolinho caipira em Jacareí.