Em 2019, um decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro acabou com a medida
Levantamento realizado pelo Datafolha entre os dias 13 e 15 de setembro revelou que 55 em cada 100 brasileiros apoiam a mudança nos relógios, que são adiantados em uma hora na época do ano em que os dias são mais longos do que as noites, justamente para melhor aproveitamento da luz natural. 38%, no entanto, rejeitam a ideia e 7% dos brasileiros não tem uma opinião formada.
Recorte da pesquisa mostra que os que mais desejam a volta do horário de verão são estudantes e pessoas de 16 a 24 anos – nesses dois grupos, o apoio à medida é superior a 70%. A rejeição é maior entre aposentados: 49% deles são contrários.
Já os empresários estão divididos: 46% são contra, mesmo índice dos que são favoráveis à volta do horário de verão.
Vale dizer que a medida foi adotada pela primeira vez no país no fim de 1931, com a finalidade de economizar energia elétrica nos meses mais quentes do ano. Passou a ser adotada com regularidade a partir de 1985 e, em 2008, um decreto tornou a mudança permanente, vigorando do terceiro domingo de outubro até o terceiro domingo de fevereiro do ano seguinte.
No entanto, a eficiência na economia de energia vinha caindo nos últimos anos e o Operador Nacional do Sistema considerou nula a economia de energia durante o horário de verão de 2017/2018. E, em 2019, um decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro acabou com a medida.
Agora, em meio a uma das piores crises energéticas já vividas pelo Brasil, novos estudos estão sendo realizados para avaliar qual seria o do horário de verão no consumo de eletricidade e se a medida seria eficaz no enfrentamento da crise.