Esta ou qualquer outra providência que proteja a vida do usuário serão bem-vindas
Circula pelas redes sociais um alerta sobre o perigo de assalto e os devidos cuidados que se deve ter ao dirigir pela Rodovia Presidente Dutra, no trecho de São José dos Campos a Guarulhos, à noite. A história é confirmada por depoimentos de vítimas.
Na terça-feira (19), um homem de 60 anos, morador de Jacareí, que vinha de São Paulo com a mulher, passava das 23 horas, sofreu tentativa de assalto na altura de Arujá-Santa Isabel. Ele não teve como desviar quando, 'do nada', uma sacola plástica foi atirada rente ao chão, contra seu carro, e 'atropelada' pelo pneu dianteiro direito que estourou no ato. O comum é tal artefato vir carregado de material perfurante, soube depois.
Ele não parou, e o automóvel aguentou seguir em frente, apenas sustentado pela roda, por dez quilômetros até a portaria de uma indústria onde havia iluminação e pessoas, apesar da hora avançada. O pneu desmanchara-se; lataria e suportes sobre a roda perderam-se ou foram danificadas pelos pedaços do pneu.
O surpreendente foi que a maioria das pessoas com quem posteriormente a vítima comentou o ocorrido, tanto na frente da fábrica quanto no dia seguinte em Jacareí, sabiam de casos semelhantes por experiências próprias ou vividas por conhecidos. Portanto, Polícia Rodoviária Federal, Nova Dutra (concessionária da rodovia) e prefeituras das cidades cortadas pela estrada têm consciência dessa realidade.
Não justifica, entendemos, que o usuário necessitado de usar a Via Dutra, muitas vezes a serviço, o faça com mais esse risco. Um simples comboio que fosse organizado pela PRF em horários estudados – de meia em meia hora, por exemplo –, inibiria essa prática que corre solta, pelo que se percebe. Esta ou qualquer outra providência que proteja a vida do usuário serão bem-vindas. Justificariam os três pedágios que obrigatoriamente são cobrados com ou sem assalto.
É a nossa opinião.