O país teve a lucidez de mudar tudo com o recado claro deixado nas urnas
Todos estão de acordo que o Brasil respira aliviado desde segunda-feira (29) pós-eleições. Razão principal: o fim da enxurrada de ofensas e mentiras que fomos obrigados a ouvir, de ambos os lados e a todo instante, com as tentativas de um candidato desqualificar o adversário. A truculência verbal foi tamanha que a continuidade do processo se afigurava pior que qualquer resultado que viesse. Nunca tantos ouviram tanto impropério de tão poucos.
Mas, houve pontos positivos. A mostra de amadurecimento da maioria do eleitorado que não se intimidou com discursos carregados de ódio, e de vários outros recados implícitos no resultado das apurações. Um destes o de que qualquer organização voltada para determinado fim criminoso – principalmente a tomada da nação pelo engodo – não supera a intuição popular do que seja certo ou errado. Dentre outras provas de que o eleitor, quando quer, mostra a que vota.
A nós, como habitantes do município, cabe sermos uma base de vigilância permanente a cobrar cumprimentos das promessas de palanque. Mais ainda, é importante aproveitar a citada experiência para aprimorarmos a campanha municipal que nos bastidores começa a desenvolver-se a partir de agora.
Não há justificativa para ninguém ficar de fora. Pagamos conta muito alta pela indiferença da maioria até então. Porém, 'na prorrogação', o país teve a lucidez de mudar tudo com o recado claro deixado nas urnas nos dois 'tempos' eleitorais. A realidade resultante pode dar certo, repetimos, se continuarmos mais exigentes que nunca; pode ser nossa última chance.
Podemos ter sonhos de esperanças de dias melhores. Sentimos no ar. Na terça-feira (30), durante a comemoração dos 100 anos do Tiro de Guerra, de Jacareí, cerca de 500 pessoas (mais da metade jovens), de pé, cantaram o Hino Nacional Brasileiro com intensidade de voz e semblantes que mostravam sorrisos, como havia muito não se observava.
É a nossa opinião.