Depois do Carnaval, também começam por aqui as 'negociações' internas para a eleição municipal do ano que vem
Uma pergunta há muito sufocada nas gargantas dos homens de bem deste país deixou de ser feita 'à boca pequena': 'por que, terminada a eleição, volta tudo a ser como antes e os eleitos não priorizam o mínimo de realizações prometidas em campanha?!' Até pouco tempo estava difícil uma resposta honesta e convincente sobre essa questão. Há sinais de que a coisa pode mudar.
Impressionante a banalização da palavra 'negociar' quando se trata de conseguir aprovação de matéria de interesse nacional, mesmo que ela venha de promessa para conquistar seu voto. Um parlamentar, por exemplo, submete a melhoria na segurança do país a uma 'negociação' entre seus pares. Pouco vale a promessa que possa lhe ter feito.
O significado da palavra 'negócio' é 'trato mercantil, comércio, loja, empresa, casa comercial.' Mesmo no sentido figurado essa palavra é uma afronta. Ou deveria ser.
Na quarta-feira (27) o presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse que não negociará com o parlamento a aprovação de pontos básicos de projetos importantes. Ao contrário – e aqui entra a novidade – apela a parcerias da imprensa e das redes sociais para que você (como fez na eleição do ano passado) continue pressionando quem ainda insiste no 'toma lá, dá cá.
O cesto legislativo ainda está cheio de 'maçãs podres' que apostam no pior, embora a safra eleitoral 2018 tenha dado muitos novos frutos. É muito importante todos nos mantermos em guarda, firmes e partícipes na pressão durante a tentativa de manter o pior. Será uma acirrada luta do 'bem contra o mal'.
Depois do Carnaval, também começam por aqui as 'negociações' internas para a eleição municipal do ano que vem. Entretanto, as escolhas só as saberemos, prontas e a gosto 'deles', dentro de um ano. Se quisermos, desta vez, ao menos toparão com um eleitor mais esperto e melhor 'treinado'.
É a nossa opinião.