Não basta um bom maestro que tenha nas mãos um bom arranjo quando os músicos tocam desafinados
Esta semana, quem foi à Sala Ariano Suassuna, no Educamais Jacareí, apreciou avanço na qualidade da Orquestra e Banda Sinfônicas Jovem (Osijja). Emocionante constatar que um número significativo de jovens dedica parte de seus dias distante de redes sociais, envolvido em estudos de música, ensaio instrumental e refinamento de espírito. São violinistas, trompetistas, percussionistas e toda uma gama de 'istas' que levam Jacareí a destacar-se na região em matéria de cultura musical.
Lá estava o prefeito Izaías Santana (PSDB) para esquecer por uns momentos de seu martírio burocrático. Mesmo com finanças municipais em dia e recursos externos disponíveis para realização de melhorias, a simples limpeza de um córrego, o término de uma obra emperrada há anos, a melhoria do perfil da região central que tem o rio Paraíba a enfeitá-la, ou seja, o cumprimento de um mínimo necessário e de promessa de campanha, transformam-se num sofrimento.
Em duas semanas começa a segunda metade do seu mandato. Nem meio parque linear do Jardim do Vale foi entregue ainda à população. O sonho da urbanização da orla central do rio e o propalado anel viário, a terceira ponte e várias promessas menores de campanha, 'nem pensar'. Haja desculpas que justifiquem, por parte delas por conta da 'burocracia'.
Voltemos à orquestra. Surpreendeu-nos o maestro convidado Rogério Brito (Famuta-Taubaté) dizer que em poucos meses 60 músicos com idades de 10 a 30 anos 'ficaram prontos' para executar aquele programa com peças difíceis de 90 minutos de duração. Simples: determinação, liderança, escolhas certas e entrosamento de equipe, tudo voltado ao resultado proposto foi o segredo.
Infelizmente, a orquestração pública ainda carece de entrosamento, foco, manutenção do interesse do grupo acima do pessoal. Não basta um bom maestro que tenha nas mãos um bom arranjo quando os músicos tocam desafinados. A sinfonia do poder público não é bolinho. Literalmente. Boas Festas e um Feliz 2019!
É a nossa opinião.