O fenômeno é resultado do aumento de pessoas que passaram a movimentar a conta bancária em dispositivos móveis
Dias atrás uma pessoa foi assaltada em Jacareí no momento em que entrava no carro estacionado na rua. Sob ameaça, teve de efetuar, via aplicativo do celular, uma transferência de valor de sua conta bancária para outra ditada pelos dois assaltantes.
Fatos assim têm aumentado em todo o país. Crimes que livram os caixa eletrônicos do foco dos bandidos e o transfere para milhões de cidadãos transformados em alvos fáceis, práticos, abundantes e de grande fragilidade. A ocorrência pode ser confirmada em qualquer delegacia de polícia, bem como a existência dos 'laranjas' que emprestam suas contas (muitas vezes inocentemente) para criminosos depositarem dinheiro, como vem sendo detectado nos meios bancários.
O fenômeno é resultado do aumento de pessoas que passaram a movimentar a conta bancária em dispositivos móveis transformados, assim, em 'caixinhas eletrônicos' abertos 24 horas por dia em todo o país, até nos locais mais distantes dos bancos ou de policiamento ostensivo.
No assalto 'tradicional' aos caixas eletrônicos perdem o banco, com aparatos de segurança, a seguradora, com ressarcimento da agência assaltada, e a quadrilha que fica exposta a sérios riscos de ser pega.
Agora, entretanto, o marginal, passa a ter em cada usuário e em cada recanto do país uma oportunidade de sucesso com mínimas chances de ser surpreendido na ação criminosa. Porém, caso seja pego, vai contar com 'Auxílio Reclusão pelo INSS', visitas íntimas, saidinhas em datas especiais, regime semi-aberto e que tais.
Nessa nova modalidade, só o usuário perde. Como o golpe exigiu que ele digitasse a senha pessoal, como vai poder provar que fez a transferência sob ameaça, pois cabe só a ele proteger a integridade da própria conta. E mais: é bom que nós correntistas mantenhamos um pequeno 'saldo-bandido' na conta. Só prevenção: se surpreendido com a conta zerada, o assaltante pode não gostar...
É a nossa opinião.