Tivemos a comprovação de quanto os interesses de grupos sobrepõe-se aos do país como um todo
Aprovado com alterações o texto-base da reforma da Previdência, pela Comissão especial da Câmara dos Deputados, o caminho foi aberto para longo trajeto que ainda terá de percorrer com mais quatro votações em plenários; duas na Câmara e, se aprovada por no mínimo 308 votos, vai ser submetida a duas outras no Senado onde precisa de pelo menos 49. Nas duas casas, a proposta pode sofrer modificações.
Essa verdadeira 'tortura psicológica' pela qual passamos todos desde 20 de fevereiro quando o projeto inicial foi apresentado à Câmara pelo Executivo, provocou consequências danosas em toda população, principalmente porque tivemos a comprovação de quanto os interesses de grupos sobrepõe-se aos do país como um todo. Isto até agora, porque ainda vamos assistir a tantas outras demonstrações dessa realidade. Haja unha para roer.
Mais triste foi a constatação de que a filosofia do 'primeiro os meus interesses' está fortemente enraizada no comportamento dos detentores do poder, sem qualquer mostra de que um dia possamos ter esperanças de o processo ser revertido. De Jacareí a Brasília é nítida a mostra de existirem grupos de interesses diversos para cada passo que se deseje dar adiante em favor da população.
Vivemos nesta terra que 'quase não é mais' de Antônio Afonso' constantes atitudes contrárias ao interesse da população (como nos revela constantemente o noticiário sério de Jacareí) que demonstram uma grande falta de sintonia da população com aquelas autoridades que deveriam ser suas defensoras, mas insistem em retardar o progresso.
Em sentido semelhante, em Brasília, percebe-se com muita clareza deputados e senadores e respectivas bases mais preocupados em não perder a mamata ao invés de cuidar dos brasileirinhos de amanhã.
Os próximos meses serão exemplares para mostrar até que ponto vai a frieza dos gananciosos esquecidos de quem os elegeu. O povo já retornou às ruas.
É a nossa opinião.