O correto é todos agirmos dentro da ética e respeito ao próximo
Mais do que um novo arranjo da sociedade mundial – assim que nos permitirem cuidar dos estragos provocados em nossas vidas pelo Covid-19 – vamos torcer para haja também modificações expressivas na consciência das pessoas a quem confiamos a tarefa de governar nossos destinos. Um texto publicado em jornal da quarta-feira (8), desejando a morte do presidente da República, é um alerta visível do estrago que os procedimentos adotados em nome do enfrentamento da pandemia são igualmente danosos tal qual a doença.
Embora jogadas como 'maneira de dizer', sem mesmo levarmos em conta se o autor quer de fato que 'a praga pegue', ideias assim podem gerar problemas sérios. Tudo depende de como as interpretam os indivíduos de baixo controle emocional. Um maluco qualquer pode achar-se amparado pelo texto e fazer besteira. Jair Bolsonaro já passou por experiência semelhante na campanha presidencial.
'Quando o presidente aparece sem máscara incentiva outros a fazerem o mesmo', advertem os sensatos. Portanto, o correto é todos agirmos dentro da ética e respeito ao próximo, e isto exige uma tomada de posição firme e geral em situações como a que atravessamos.
O país passa por um momento delicado. Milhões de desempregados; outro tanto sob ameaça constante de perder o emprego; o convívio em casa está sendo difícil para parte considerável da população, e fora dela a ameaça cada vez maior da contaminação. Paralelamente, os poderes se desentendem pela falta de diálogo, inescrupulosos aproveitam-se para a prática da rapinagem ou da difamação.
O mundo atual e a história de todos os tempos possuem um vasto exemplo de como podem terminar situações de falta de harmonia entre poderes e a população com medo e deprimida. Também experiências anteriores mostram como é difícil recomeçar quando tudo acaba.
Portanto, já passa da hora de pensarmos em uma sólida reconciliação social em defesa de nossa sobrevivência.
É a nossa opinião.