Quanto a ouvir o hino sentado ou em pé não se trata de lei, mas de demonstração de deferência e respeito
Na última quinta-feira (16), alunos de um colégio de Jacareí protagonizaram um festival literário que teve como temas principais os direitos humanos e a cidadania, com respectivos desdobramentos: respeitar a vida, a segurança, as diversidades, a dignidade, a educação e a inclusão social, dentre outros. As mensagens foram, em sua maioria, tiradas de textos de autores nacionais famosos e representadas por alunos das várias séries dos ensinos fundamental e médio. Estudantes e professores também contribuíram com produções literárias próprias.
Uma atitude surpreendeu parte das cerca de 500 pessoas que lotavam o recinto do auditório da Univap. Foi no momento da apresentação (exemplar diga-se) da convidada Banda de Metais da Prefeitura de Santa Isabel (Grande SP): o público ouviu o Hino Nacional Brasileiro sentado, sem cantar a melodia, embora tivesse sido anunciado que era para "ouvir" o hino executado "para canto" (?!). Como se sabe existem duas versões em tons e duração diferentes: uma para ser cantada e outra para ser ouvida. Quanto a ouvir o hino sentado ou em pé não se trata de lei, mas de demonstração de deferência e respeito.
Em seguida, aconteceu a apresentação teatralizada pelos jovens, resumida em protestar contra o Brasil que a geração atual está legando à deles com altos índices de violência, aumento da miséria e desemprego, perda de credibilidade internacional e – sem serem explícitos dada a natureza do evento – o tipo de governantes que temos. Também, nada foi dito sobre o aborto, embora um dos temas fosse o direito à vida.
"Quem tem ouvidos para ouvir ouça": ao se constatar que leis tornam-se desiguais para todos; vidas, regras e costumes tornam-se banalizados pelo mau exemplo que vem cima, não justificou, mas explicou o fato de o público permanecer sentado durante a execução musical: Qual Brasil o hino tocado naquele momento representava?!
É a nossa opinião.