Pelo demonstrado será preciso muita sorte para que todos sejamos vacinados até o final deste ano
Boas notícias. Já existem provas concretas de que a imunização em massa reduz substancialmente os casos de Covid-19. Por exemplo, de Israel chega a notícia de que vacinados 80% da população, a contaminação desse grupo caiu 98% e os óbitos 87%, mesmo que muitos tivessem tomado apenas a primeira dose. Sem dúvida um dado significativo dentro das incertezas pelas quais passamos.
Outro registro importante é o da diminuição geral no Brasil do número de contaminados, de maneira tímida, porém constante. Mais um: Se inicialmente a predominância de contrair a doença era de idosos e mais recentemente chegou a incluir também os jovens, houve um fator exemplar: a conscientização deste fato pelos mais jovens, que passaram a se cuidar mais, reverteu a situação para o chamado 'achatamento da curva dos infectados'. Esta curva de contaminação dos brasileiros parou de crescer em relação ao início de abril, embora continue alta.
Estamos sem cronograma de recebimento das vacinas importadas. Há um atraso significativo na entrega de encomendas, inclusive já pagas. O Brasil aguarda um lote, em atraso, de 138 milhões de doses de vacinas pelas quais já pagou antecipadamente R$1,7 bilhão. Em contrapartida a Fiocruz, que produz a AstraZênica, já está apta a entregar lotes 100% produzidos no Brasil.
Se até agora podíamos contar em grande escala só com as vacinas da Fiocruz (AstraZêneca) e a do Butantã (Coronavac), já foi concedido registro definitivo para aplicação da BioNTech, da Pfizer. Há também autorização de aplicações emergenciais da Janssen, imunizante produzido pela Johnson & Johnson.
Vamos, agora, ao contraponto. Pelo demonstrado será preciso muita sorte para que todos sejamos vacinados até o final deste ano. Portanto, somente em 2022 é que poderemos pensar numa volta plena à normalidade. Por fim, somos hoje o 2º país em mortes por Covid-19, atrás dos EUA, e o 3º município da região, depois de São José e Taubaté. Mantenhamos, pois, os cuidados.
É a nossa opinião.