A rápida intervenção dos 'soldados do fogo' evitou que o pior acontecesse
Moradores da 'Mansão do Vale', dois blocos de edifícios de 15 andares no centro de Jacareí, viveram momentos de susto na quarta-feira (3): um princípio de incêndio em um dos apartamentos do 6º andar, Bloco A. No local estava apenas o jovem filho da moradora que percebeu a tempo, acionou a síndica e esta, os bombeiros. A rápida intervenção dos 'soldados do fogo' evitou que o pior acontecesse. Foram atingidas a lavanderia e parte da cozinha contígua (matéria nesta edição). A construção dos prédios geminados tem mais de 40 anos, tempo em que não eram exigidos cuidados tipo escada interna com porta corta-fogo; gás encanado com registro único para desligamento fácil, 'escada externa de fuga', alarme geral, dentre outros.
Na quarta-feira, houvesse qualquer demora no atendimento seria um desastre. Ambos os prédios somam 120 apartamentos e, sem exagero, no mínimo 120 botijões de gás ativos estão distribuídos pelos dois edifícios de alto a baixo. Um incêndio maior no mesmo 6º piso colocaria moradores de 40 apartamentos (do 6º ao 12º andar) em extremo risco, pois, como foi dito, não há escapes seguros nem facilidade de aproximação de viaturas com escadas de salvamento para altura de 15 andares. E mais: àquela hora, o estacionamento do subsolo mantém 60 automóveis, em média, com seus respectivos tanques carregados de combustível. Elevadores durante incêndios não são recomendáveis: funcionam como câmaras de gás. A vizinhança no entorno, inclusive o histórico Museu de Antropologia, não sairiam ilesos.
Portanto, 'ergamos as mãos para o Céu', moradores da Mansão, das casas vinhas, de todos imóveis antigos e, solidariamente, toda a cidade. Desta vez foi como um alerta: 'unam-se e promovam treinamentos de segurança e conservação nos seus imóveis'. Concreto armado também envelhece; tragédias nacionais comprovam diariamente isso. Falta de conservação é fogo; de consciência, pode ser fatal.
É a nossa opinião.