Por A Redação em Sexta, 12 Outubro 2018
Categoria: Editorial

Eleições 2018: venceram os cavalos

Nenhum dos vencedores prometeu nada para o eleitor; não contou mentiras nas propagandas nem pediu votos

 É a democracia, claro. Numa eleição exemplar (fomos elogiados até por argentinos!), o eleitor foi às urnas domingo (7) mostrar quem manda. As mulheres votaram mais e fizeram bonito. Aumentaram para as deputadas o número de cadeiras nos parlamentos, em relação a 2014.

A jurista Janaína Paschoal (PSL), que estreou na política, tornou-se 'fenômeno eleitoral', com 2,6 milhões de votos; foi a candidata a mais votada de todos os tempos para as assembleias legislativas do Brasil. Por ser uma das autoras do pedido de impeachment de Dilma Rousseff (PT/MG), que perdeu a eleição para o Senado, Janaína deixou claro o recado da urna: 'Não foi golpe', como afirmam os partidários da 'presidenta'.

Em Jacareí deu o evidente: nenhum dos 17 postulantes a deputado elegeu-se (matéria nesta edição). Resta aos candidatos, Julio Pires (PSDB) ou Ana Abreu (PSB), a alternativa de tentar cativar o eleitorado, tornando-se 'pontes' de reivindicações junto ao Palácio dos Bandeirantes, se vencer Doria ou França. E com certeza um deles fará isso, porque o tempo não para: as eleições municipais estão a caminho.

Questiona-se: "Por que não se unem partidos e candidatos e apresentam nome único de Jacareí para cada uma das casas?" Ótima pergunta, péssima resposta: porque isso não convém aos partidos, mais interessados que estão em eleger os respectivos comandantes.

Mas, funcionaria se tentassem. Veja em Petrópolis, cidade com população semelhante à daqui: numa eleição concorrida, ordeira e sem conchavos, os cavalos conseguiram ficar livres de puxar carruagens turísticas pelas ruas da cidade por 170 mil a 117 mil votos; elegeria um deputado por Jacareí.

Nenhum dos vencedores prometeu nada para o eleitor; não contou mentiras nas propagandas nem pediu votos. Comportados, sequer exploraram o fato de alguns deles serem chicoteados com violência por pura malvadeza do humano que os dominava. Como viram, comoveram o eleitorado.

É a nossa opinião.

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