A conta não fecha, tanto para medidas básicas de prevenção, quanto para produção e uso de medicamentos
Em nome da pandemia, a Justiça Eleitoral aumentou o tempo nas diversas salas de votação este ano, sob o argumento de que espichado o período diminui a aglomeração. Assim, segundo o TSE, a segurança quanto a possíveis contágios fica menor. Baseados nessa realidade, shoppings, lojas e prestadores de serviços em estabelecimentos de rua reclamam que são obrigados a funcionar em tempo reduzido, portanto mais propensos a provocar aglomerações.
No sentido inverso, os lojistas dizem que a prática mostra que a redução do tempo de abertura não provoca a tal aglomeração, o que para eles é prejuízo. A frequência cai para menos de 30% do que em tempos normais.
A prática mostra que boa parte dos votantes prefere os primeiros horários para ter mais tempo livre depois. Aglomeração. Outra metade prefere os instantes finais, sabedora do ajuntamento na primeira hora; mais aglomeração.
A conta não fecha, tanto para medidas básicas de prevenção, quanto para produção e uso de medicamentos contra o Covid-19. Já se afirma que o problema pode se prolongar pelo menos até o final de 2021. Então, neste caso, o relaxamento das medidas de prevenção que começamos a vivenciar (seriam só por causa da eleição?) não deveriam estar acontecendo.
Algo parece indiscutível: o ódio, a corrupção e o egoísmo são mais fortes que seus contrários. Distorcem-se pronunciamentos, ignoram-se medidas sensatas e rouba-se dinheiro público destinado à saúde coletiva (Isso para muitos pode!).
Na série de lives com os candidatos a prefeito que o jornal vem apresentando todas as noites, às 19h30, pelo Youtube e Facebook, com endereço do Diário de Jacareí, medidas mirabolantes são apresentadas para melhorarmos como 'célula primeira da nação'. A saúde está em primeiro lugar geral nas promessas dos postulantes, seguida de transporte gratuito, geração de empregos. Existem outras, porém a mais 'realizável' é a saúde exemplar, cujas mesmas promessas se repetem desde o século passado. E nós acreditamos.
É a nossa opinião.