Por A Redação em Sexta, 10 Agosto 2018
Categoria: Editorial

Ação entre amigos

A conquista do maior número possível de eleitos em cada sigla partidária é cobiçada

 Como você sabe, as próximas eleições brasileiras terão 13 candidatos à presidência. O que possivelmente não saiba, ainda, é que Jacareí tem quase esse número, 12, pretendentes, que vão disputar: três à Câmara Federal e nove pela Assembleia Legislativa. Para o Senado ninguém se apresentou; ainda há bom senso na sesmaria de Antônio Afonso.

Provavelmente você ache difícil a conquista de 'uma única' vaga, que dirá mais que isso? Com razão. Acontece que vencer a eleição não é necessariamente a intenção de boa parte desse grupo, mas 'ajudar o partido' sim.

A conquista do maior número possível de eleitos em cada sigla partidária é cobiçada. Isto vai mostrar a força de cada uma para negociar aprovações de projetos; vai influir na arrecadação de dinheiro do fundo partidário e classificar cada partido na relação de poder interno de cada uma das casas de leis.

Em seguida, vem o interesse dos candidatos geralmente ligados à direção do partido. Cada sigla elege 'um' deputado a cada vez que a soma dos votos de seus candidatos atingir o 'coeficiente eleitoral'. Este coeficiente é um número que varia segundo a quantidade de votantes, vagas disponíveis e abstenções naquele pleito.

Suponha que esse número seja 40 mil. O partido que obteve 40 mil votos, elege um; 80 mil elege dois, etc. É aqui que entram os 'bons de votos' de Jacareí (e de outras cidades). Um candidato qualquer, por exemplo, se chegar aos 10 mil votos, o que é uma soma considerável, vai engordar a conta do mais bem votado do partido; se este tivesse, até então, somado 31 mil votos não elegeria nenhum, porém com mais 10 mil do colega está eleito. O colega, não; o primeiro da fila sim. E o colega?! Fica com a exposição à mídia, ganha abraços consoladores e possivelmente se eleja vereador na próxima. É assim que funciona!

É a nossa opinião.

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