O equilíbrio coerente com uma reforma externa e outra interna se faz necessário para o ganho de todos
Quando os bons resolveram romper longo silêncio este ano, deu no que vimos país a fora nas últimas eleições. Porém, os 'maus' não dormem, até por instinto de salvar a própria pele, e já começam a surgir em cena ameaças de pôr abaixo tudo o que se está construindo com sacrifício, sangue e até vidas inocentes. Afrouxar o sistema punitivo a crimes do colarinho branco é uma dessas tramas; desacreditar denúncias feitas contra corruptos, outra e – a pior delas – estarem os maus na certeza da falta de fôlego dos cidadãos de bem.
Nos municípios, é a mesma coisa. Além dos entraves legais que atrasam sistematicamente projetos que poderiam acelerar o crescimento, existe a desorganização intestina crônica que puxa para trás qualquer processo de melhoria.
Jacareí vive presentemente vários deles: um, o atraso de licitações dos radares motivado por recursos e mais recursos interpostos por empresas que buscam ganhar a concorrência 'no tapetão'. A falta de pessoal disponível para recuperação de ruas, guias e calçadas que colocam em risco a integridade dos pedestres, é outro.
O assunto vem a propósito neste momento em que o governo Izaias Santana anuncia mudanças profundas no perfil da cidade, como a criação e urbanização de mais locais de lazer em vários pontos. Além do atraso, tais obras quando forem entregues à população poderão criar novo problema, se persistir a falta de policiamento ostensivo que as transformem em 'pontos estratégicos' de vendas de drogas ou 'condomínios de luxo' de moradores de rua, como se viu por aí com as já existentes.
O equilíbrio coerente com uma reforma externa e outra interna se faz necessário para o ganho de todos. Portanto, as coisas podem ser solucionadas quando os bons resolvem agir. Infelizmente, sanado o problema, eles retornam ao silêncio. Os maus sabem disso muito bem.
É a nossa opinião.