Rogério da Silva Braga é professor da rede municipal de ensino de Jacareí desde 1992, quando concluiu o Magistério na escola Silva Prado. Formou-se e passou a dar aulas como professor eventual. Mais tarde formou-se em Pedagogia na Faculdade Etepe. Nesta segunda fase foi para a área que sempre desejou: a EJA (Educação de Jovens e Adultos), destinada a estudantes que não foram alfabetizados na idade normal.

'É uma experiência muito enriquecedora para um professor', diz. Segundo ele, além da satisfação de colaborar para o crescimento social do adulto, lida com alunos desejosos de aprender tudo o que lhes é oferecido. Igualmente, por serem pessoas 'vividas', 'provocam uma verdadeira troca do de aprendizado entre professor e aluno.

A EMEF (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Tito Máximo, no bairro Parque Santo Antônio, em Jacareí, é seu ambiente de trabalho. Ele conta que lida diariamente com estudantes da faixa de 24 a 73 anos. Um desses, de 45 anos de idade, 'começou do zero o aprendizado', ou seja, não sabia escrever absolutamente nada.

Casos assim – explica – são desafiadores, pois exigem uma metodologia totalmente diferente, já que o resultado se conquista de outras maneiras. 'Genericamente falando, o aluno aprende a partir de uma analogia feita com letras, sílabas e significados a partir do próprio nome', explica.

Rogério criou na Tito Máximo o programa 'Mãos à Horta', em que a classe se dedica, à plantação de Ervas Medicinais e Temperos, em um espaço da escola. 'Eles gostam muito dessa atividade', garante. Ela é uma das formas de mostrar como o aprendizado está diretamente ligado àquilo que eles praticam na vida real, diz nosso Filho Brilhante.

As matrículas para a EJA estão sempre abertas. Os alunos interessados podem se dirigir a qualquer escola municipal e ali se informarem qual a mais próxima que lhes atenderão. 'Sempre é tempo de aprender', lembra o professor Rogério por experiência própria.