O concurso de miss e mister da melhor idade de 2018 agitou Jacareí. Perdeu quem não foi. Desventura de pouca gente, pois a plateia estava lotada, quase toda a cidade fez-se presente.
Após a coleta dos votos pela competentíssima equipe trajada de negro da Secretaria Municipal de Assistência Social, transcorreu o show do intervalo, enquanto as notas eram computadas pela central do evento.
A primeira artista a se apresentar foi Margarida Reis, cantora lírica e seresteira. Ela trinou sua célebre 'pièce de résistence' Fascinação, linda versão que deixa a de Elis Regina no chinelo.
Em seguida, vieram ao proscênio o grupo de dança do ventre da melhor idade da Casa Viva Vida. As senhoras componentes mesclaram de espiritualidade o envolvente charme feminino.
A Casa Viva Vida levou também aos holofotes um animado número de dança cigana, que levantou a audiência e fez até os jurados dançarem, à luz azul do tamborim de neon empunhado pelo bigodudo comandante romeno.
Chegado o grande momento da revelação do resultado, o suspense tomou conta do ambiente e a emoção temperou a narração do experiente apresentador José Carlos Guedes.
Os anúncios sucederam-se em ordem crescente de faixa etária, sempre com as categorias das damas primeiramente. Os vencedores do ano passado ascenderam ao tablado para a transmissão das faixas e coroas.
A classificação final em nada surpreendeu os especialistas. Malgrado a fortíssima concorrência, os vencedores do certame rutilavam inegável beleza e aura evidentemente mais jovial que a idade estampada na frieza dos documentos oficiais.
Em homenagem ao garbo de todos os participantes, descabe aqui destacar o nome dos medalhistas de bronze, prata e até mesmo dos reis e rainhas da melhor idade. O importante é analisar o resultado e extrair conclusões.
As misses descortinaram o caleidoscópico galarim feminino.
Da rainha negra sexagenária sobressaía um tipo físico mais brasileiro, enquanto a alabastrina e delgada premiada da faixa etária seguinte traduzia os anseios mais aristocráticos.
Já entre os homens, coincidiu-se na máxima preferência nacional pelos varões calvos. A estampa dos campeões harmonizava Salomão Ayala com Paulo Zulu. A beleza masculina não é capilar, mas abdominal.